sábado, 23 de maio de 2009

a dúvida




Saudações.


Sim,nem um pouco coerente com as premeditações anteriores..Eis me aqui,rs.

Acabo de assistir Doubt,filme magistralmente dirigido por John Patrick Shanley(obra teatral que ele escreveu,mas que fora adaptada).

É um filme imperdível,com belíssimas atuações (concorreram ao Oscar-2009) de Meryl Streep(fantástica),Philip Seymour Hoffman e Amy Adams,que ao captar a atenção do espectador,o inquietará.

Década de 60,uma escola tradicional religiosa nos EUA.De um lado a imagem da irmã A.Beauvier (Meryl Streep) que atua como empecilho no desenvolvimento ideológico da escola;pura rispidez,conservadorismo e rigorosas atitudes.Por outro lado temos a figura do padre,que por sua vez é atencioso,trata os outros com compaixão e está sempre suscetível às mudanças na sociedade que atingem a todos e que mostra-se cada vez mais presente no comportamento dos alunos (aluno flagrado com um aparelho de som..).E como é de se esperar um personagem que não seja julgado nem 'bom' nem 'mau',talvez até inocente e incólume..eis a irmã James,que será influenciada pelas idéias da A.Beauvier.

Há um aluno negro estudando nessa instituição(o único) no meio de outros com origens italianas e irlandesas (se não me engano).OK.Calma,o filme não trata de racismo.Trata de uma possível pedofilia.

Um padre que trata diferencialmente(não tão diferencialmente) este aluno,talvez pelo fato do garoto simpatizar com o ofício de padre (é só o que fica claro pra nós,espectadores,mais uma jogada do diretor,causasr a dúvida..lembrei-me de machado de assis,rs), mas que ainda não está claro.Assim como também não está claro que haja uma relação de pedofilia entre o garoto e o padre..

O filme aguçará nossas dúvidas.A nossa perspectiva é feita através dos olhos da irmã,mesmo o filme não trazendo provas contundentes,(nenhuma novidade,sempre julgamos precipitadamente mesmo...)A.Beauvieur,que possivelmente não desperta simpatia mas que será impossível irrelevar as suposições que ela tentará provar..

Há de se ressaltar que o estopim,a busca incessante da irmã Beauvier em provar que o padre é pedófilo,foi gerida impreterívelmente pelo zelo que a irmã James tinha com seus alunos.Ela se preocupa com o bem-estar deles e ao perceber que o garoto não se sentia bem depois de ser convocado à sala do padre,começa a desconfiar.Ela não aguenta a 'dúvida',o medo de estar acontecendo algo com o garoto e relata à irmã A.Beauvier.Beauvier por sua vez fomentará de primeira a idéia de que o padre é culpado,nem sequer procurá embasar-se em possíveis verdades em detrimento de seu preconceito.Como ela disse : ' Eu conheço as pesssoas ' . Mesmo o padre relutando que não era o suficiente para o incriminar...


Eis um filme imperdível..


O final,a meu ver,é satisfatório. Mas assim como a idéia principal do filme,prefiro me abster de ressalvasa e demais opiniões.. A idéia é que não estamos totalmente seguros de nossos pontos de vista.


Pois é. Não estamos,nunca estivemos e talvez nunca estaremos.Tendo em vista que o mundo, não pára, que é uma metamorfose ambulante (parafraseando nossos músicos brasileiros,rs) e com isso a velocidade em que as mudanças ocorrem são 'de nous étonner'.


Quem pára no tempo não desenvolve,não aprende,não vivencia novos valores.


Já está mais do que tarde de deixar o preconceito (em todos os âmbitos) de lado em detrimento do ensejo de um prazer que para os 'mente-aberta' já se tornou trivial e que mesmo assim não tem seu valor atenuado.

Enfim, eis o óbvio ululante : o mundo não vai te esperar e se você não o seguir,ele provavelmente passará por cima..

Cresça,mude,pense e desenvolva..
etc etc etc etc etc..

[postei,três UHAS pra mim..]



E vai indo que eu não vou...

Ne vous resté pas demodé..

sexta-feira, 22 de maio de 2009

mas que nada..


Saudações.

Sucintamente,tô tendo muitotempo pra discorrer sobre as vicissitudes e derivados.Logo passa.

Aproveitando o ensejo,estava relendo meus posts antigos..cada bárbaridade..enfim,tô pensando seériamente em excluir isso daqui..

Enfim sei que não o farei,é só uma questão de tempo e estro.Mesmo porquê acho deveras importante ressaltar o meu pedantismo,rs.. me arrependo,reflito e aprendo.Eis a grã finalidade..
Essa onda tende a passar.Afinal,tenho uns 6 livros fantásticos pra ler até o meio do mês que vem..filmes pra ver.. enfim.Acho que preciso lucubrar mais..
E vai indo que eu não vou,rs.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A jaula


Saudações.Estou meio sem estro ultimamente.Meio sem tempo também..Acho que na verdade só estou postando algo porquê me acordaram antes do combinado..Mas pasme!Minha falta de estro,creio eu,é por motivos positivos..mais pra frente eu conto o que é..

Bisous *:

Como prerrogativa : segue um belíssimo conto do meu querido Victor..



A Jaula
Ansioso. Estava prestes a sair daquela jaula. Um misto de asco e nostalgia lhe amargou o coração. Por ora estava bem. Mesmo que as cicatrizes pelo corpo, por dentro e por fora, latejassem. Por um momento até admirava-as. Lembrou-se então de como tudo começou. Não lembrara se viera de ovo, de útero ou de uma espécie de bactéria cósmica mutante. Sabia que desde que nascera tentaram corta-lhe as asas.Tentavam em vão. Regenerando-se iam conforme a passava a dor. Eram o que mantivera-lhe vivo. Esperando, sempre. Aspirando voar em outros céus, nadar em outros mares, flertar com novas flores e admirar tudo que lhe era direito. Entretanto por intermitências do destino nascera naquela maldita jaula. Jaula que não só impedia-o de voar, mas que era desumana. Humanos; tinha um fascínio receoso por essa espécie. Ele próprio aparentava ser um. Mas não era. Sabia, em seu âmago sentimental, que era diferente, que era nobre, um espécime em extinção. Contudo havia a jaula. O cheiro do ralo que nela imperava e os ratos que dele saiam para rirem de sua impotência lhe irritavam. Sabia que era melhor que os ratos. Melhor que os humanos. Alias, sabia que era melhor que os ratos e os humanos juntos. Mas daí sucumbia em dor. Lembrou-se então dos moleques insolentes que vinham lhe atirar pedras. Somou as magoas e pensou então ser nada. Era chacota, um mero bicho. Refletiu por alguns minutos. Engoliu o choro. Não engoliu o choro. Desmanchou-se no choro. Chorou um choro úmido pelo sofrimento da incompreensão e de intermináveis soluços. Soluços que machucavam a garganta. Vomitou, então. Vomitou tudo o que lhe engasgava. Dos transeuntes que ali passavam, uns intimidaram-se e protegeram-se de tamanha brutalidade, outros por sua vez acharam poético. Nem reparou mais na jaula e nem naqueles que do outro lado transitavam. Sentiu-se aliviado. Pensava na liberdade, nos mares, nos céus e nas flores. O otimismo havia retomado seu espírito, e o juízo também. Então sentiu uma pequena vergonha de ter duvidado que debaixo daquelas plumas e escamas cintilantes que ostentava batia um coração e argumentava um cérebro. Recuperou as energias. Era tão exótico e tão delicado que os admiradores da jaula não podiam entender a complexidade daquele ser. Chegou então a hora. As asas quebradas já estavam sãs. Bateu, bateu, bateu com a força de um vulcão contra aquelas paredes translúcidas como vidro e duras como chumbo. Arrebentou-a. Sentiu a primeira brisa de ar puro. Cheirava à liberdade. Caminhou timidademente por um tempo, admirou-se com as coisas mais ínfimas e as idolatrou. Era aquilo que importava. Tomava coragem para entregar se como entregam-se os suicidas. Eis que sente uma pontada. Acertaram-lhe novamente. A pedra do estilingue era cada vez mais ríspida e densa. Acertaram a asa direita. “Aproximam-se cada vez mais do coração” pensou. Deslizou até o chão e foi carregado de volta à jaula. Desejou nunca ter tido asas. Agonizou e chorou. E o ciclo de emoções se repetira. Mas os ratos e humanos, os humanos-ratos, nunca cortaram suas asas.
Victor Hugo Silveira Simões.

domingo, 17 de maio de 2009

na saúde na doença..




Saudações.
Post ao sr.Adultério.
Ilmo Senhor Adultério..rs,ok,j'arrête!
Vou tentar ser breve..

Quando dizem,quando tu dizes,enfim quando é dito: eu NÃO seria capaz de trair, tape os ouvidos,são palavras embalde.Pelas décimas sextas primaveras que eu já vivi(existi,pairei..),posso aferir que é da natureza do ser sapiens sapiens falar que jamais (jamé) trairia.o que não quer dizer nada,pois no fim acaba cedendo e traí.Mas bárbara,você não pode generalizar,afinal toda generalização é burra.ok. Não estou generalizando.Eu por exemplo não trairia.RS. Viu,é inerente..Tá,agora consideremos,a quantidade,o modo e a validade do amor..PAS SUFITTE.. (não adianta)
Carnal versus ‘Cardiona’l,rs. O carnal tende a prevalecer. sapiens sapiens é assim..
Ei,não estou falando isso porque fui traída.Não corro o risco,não namoro ninguém..
Fato,fatão mesmo,pode ser o maior amor do mundo,mas somos geridos pela nossa natureza,somos títeres dos nossos instintos. A beleza é subversiva,o proibido é subversivo,a tentação é subversiva,o sexo é subversivo.
Nem precisa ser o maior amor do mundo.
Tão óbvio.Se não tiver amor não adianta relutar,a traição virá ou já veio (vamos,cheque,passe a mão no quengo..)
As estórias que vi nessas últimas semanas me levam a crer assim : A dama das camélias,Madame Bovary,Primo Basílio,Moulin Rouge,Bonequinha de Luxo(ainda não o vi,porém tem o mesmo enredo e piriri..),Otelo.OK.
Tratam do adultério,do amor idealizado e suas provas(quase nunca concluídas),da luxúria onipresente,da 'devassidão',dos sonhos que todo ser humano tem: ser completado com um amor que inebria,faz tremer,dê friozinho na barriga,etc etc etc.
(o livro de Eça é basicamente o mesmo enredo,sendo que foi inspirado no livro do Flaubert,que foi o precursor da corrente literária e artística,do Realismo..sendo assim vou esmiuçar mais o livro do Flaubert..)Madame Bovary.
Ema Bovary,traí.Achava que nunca trairia,que continuaria na beatitude,que sequer casaria.Porém,é humana,mulher,sonhadora,queria inflar-se dos sentimentos mais puros e reverberantes..Casa-se com Carlos Bovary.Um casamento frustrado,a negação de tudo que ela havia imaginado na juventude. Carlos era um homem sereno, sem grandes arroubos de paixão, com um emprego estável, porém medíocre - um médico provinciano sem grandes ambições..
Enfim,ela não se sente amada o suficiente pra permanecer incólume às tentações carnais.Aparece Léon,o segundo que faz o coração de Ema palpitar(segundo contando com o dançarino):

"Não teriam eles outra coisa a dizer?Seus olhos,porém,transbordavam de palavras mais sérias;e ao passo que se esforçavam por achar frases banais,sentiam-se ambos invadidos pelo mesmo encantamento;era como um murmúrio da alma,profundo,contínuo,que dominava o das vozes.Surpresos e admirados por aquela nova suavidade,não pensavam em descrever a sensação ou descobrir-lhe a causa.As felicidades futuras,como as praias dos trópicos,projetam,na imensidade que as precede,as suas molezas nativas,brisas perfumadas;e nós nos entorpecemos na sua languidez,sem mesmo nos importarmos com o horizonte que não avistamos ainda.."

Eis a primeira traição.Léon a abandona.Os desejos de Ema de ser amada,desejada cessam? NÃO.
Traí novamente com Rodolfo..Por fim ele a abandona também..
(Homens não sedes frouxos!Não abandonem uma mulher quando ela mais necessita.Se não puder suprir todas as necessidades delas,ou no mínimo tentar,não encete a relação..)
Em Primo Basílio,em Madame Bovary os que mais sofrem no fim são os homens que foram traídos.Ironia?Fato?Fatão!Sofrem,pois amaram,tentaram ser suficientemente bons.Foram,eram o que tinha de mais certo e puro no mercado,mas a mulher não queria e nem quer isso.Ela quer o errado.O que não presta,o que a abandonará..por quê?Não só pelo INSTINTO,ou porquê o proibido é mais deleitoso..o estoicismo aparente de seus cônjuges foram o estopim para fomentar o desejo,a luxúria..

[o post já está deveras longo,vou dar meras pinceladas nas outras estórias..]

A dama das Camélias.Um livro riquíssimo.Pra quem se identifica, com amores impossíveis porém, impassíveis,não pode deixar de ler.Além do mais,é clássico e muitas histórias de hoje nela se baseiam..
A grande questão,assim como em Moulin Rouge, é : a prostituta,a cortesã amantizada, é capaz de AMAR?
Sim!Todos somos humanos.O amor é idiossincrático na nossa natureza.É o que nos difere dos platelmintos,nematelmintos,anelídeos,briófitas,pteridófitas,gimnospermas,angiospermas,celenterados,
poríferos,cnidários..ok,BASTA! O amor nos é inerente e independe de ofício,por menos escrupuloso que este seja.

Otelo,assim como Dom Casmurro,trata-se do ciúme nímio.
Amor e Ciúmes andam sempre juntos,não adianta..Quanto mais do primeiro tiver,o segundo tende a se equiparar quantativamente.As vezes nem tanto..No caso de Otelo,o segundo foi superior o que levou Otelo a matar Desdêmona.Na obra de Machado de Assis,que foi inspirada na obra de Shakespeare,Bentinho não chega a matar Capitu..


Toda mulher quer ser amada,desejada mais do que suficientemente.Não é só sexo.Não é só amor também..são muitos fatores que determinam uma relação extremamente equilibrada e verdadeira,tá é raro achar uma relação que seja assim.
Todavia, as mulheres adúlteras,não devem ser apedrejadas como em alguns países.Tá,pode ser considerado crime em alguns países,crime contra a Igreja,que seja.Mas como condenar algo que é da natureza do ser humano?
Afinal,até onde alguém deve se submeter ao detrimento do ensejo de felicidade pelo indiferente e insípido?
Enfim,eis as dicas..boa sorte pra você e pra mim (i'm a monster love,rs).

Segue um trecho bem oportuno de Madame Bovary..
“ Contudo não era feliz,nunca o havia sido.De onde vinha,pois,aquela insuficiência da vida,aquele apodrecimento instantâneo das coisas em que se apoiava?Mas se existia,fosse onde fosse,um belo e forte,uma natureza valorosa,cheia ao mesmo tempo de exaltação e de requintes,um coração de poeta com forma de anjo,lira com cordas de bronze,desferindo para o céu epitalâmios elegíacos por que acaso não o encontraria ela? Que impossibilidade! Nada,afinal,valia a pena procurar-se;tudo mentia!Cada sorriso ocultava um bocejo de enfado,cada alegria uma maldição ,todo prazer o seu desgosto,e os melhores de todos os beijos não deixavam nos lábios senão uma irrealizável ânsia de voluptuosidade mais intensas.”

Como dissera Flaubert em seu julgamento: Ema Bovary,c'est moi!

Au revoir.

hopi harém


Saudações;deu trabalho retirar todas as traças que rodeavam meu blogzinho.

Pois bem,retirei-as,finalmente,e vamos discorrer sobre a última semana..

Não vi filme algum final de semana passada,pelo que me lembro apenas li o dia inteiro,estudei pra física,que aliás não sei se surtirá em algum efeito,bolei minha tarefa de redação,que aliás eu achava que ia dar tudo certo,o estro viria e que não seria necessário sacrificar minha aula de francês e minha ida a+a academia..

Fui ao hopi hari sexta (sexta?).encontro anglo,bando de..as adverbiações podem ficar no imaginário mesmo,poupa-los-ei de meus julgamentos. rs. enfim,foi dolorido,foi cansativo,muitas horas em fila,muitos menines lindies(não,não,não,peguei ninguém.choveu e somado a minha beleza nata,imagine quem que eu iria pegar,rs.tá que eu também não fui com essa intenção.enfim..),muita dor nas articulações,muitas risadas,é,foi bom. MAIS ÇA SUFITTE!

Ah e o quê aprendi no hopi harém?(sim,em qualquer situação se aprende alguma coisa)

Não aprendi nada.Só me arrependi de não ter levado nenhum livro pra aguentar aquelas filas copiosamente grandes.E ah.Constatei também uma das naturezas vis do homo sapiens sapiens,rs,a sólida e pura : RESIGNAÇÃO.De marmanjos a pivetes e pivetas (sim tinha muita menininha de um metro e 10 na fila dos brinquedos que eu ia,tá,pode constar que elas me encorajaram a ir nos brinquedos..mas bárbara você tava nos mesmos brinquedos que as crianças de um metro e dez?

veja bem..rsss..elas que estavam no brinquedo que eu tava (hã?),tá eu fui nuns brinquedos fraquinhos,aliás o mais forte que eu fui foi o carrossel.mentira,rs..enfim) [..] de marmanjos a pivetes e pivetas,todos que viam brecha e conseguiam ultrapassar as barrinhas de ferro lá,furavam fila.ok.e nas 9023840923o vez que vi isso,em todos os casos o povo de trás não fazia nada.Orra é muita sacanagem furar fila né? Mas você acha que eu me abati com tal? NÃO,furei também e fiz amizade com quem tava atrás,rsrs. enfim,não deixe que furem sua fila. já pensou se todo mundo furar a fila?

tsctsc..

Bom,poderia eu filosofar um pouco mais,fazer analogias com montanhas-russa,falar porquê a montanha-russa,chama-se russa,etc etc etc..mas esse post findar-se-á por aqui.

Tenho que fazer outras coisas..


A tout à l'heure

quinta-feira, 7 de maio de 2009

monster love


Saudações.
Não estou com estro pra discorrer sobre muita coisa hoje.
O tempo também não permite.
Eis então um texto do meu querido amor e psicopompo..


Amor é idiossincrático. Como o ovo do conto “O ovo e a Galinha” de Clarice Lispector. Compreender o que seria o ovo, como a própria autora diz, é impossível. O afeto e as relações acarretadas a ele, portanto, são subliminares, abstratas e quaisquer adjetivos que indiquem relatividade.Entretanto padronizamos o amor. O amor é um produto. O afeto um acessório opcional.
Eu daria minha vida por ti. Nada mais belo que morrer-se pelo que ama. A vida, “a sombra que passa”, é nosso único vinculo com o campo terreno. Cortar esse cordão umbilical por uma pessoa é honrável. Mas fomos condicionados a pensar assim. O amor, ou aquele conjunto de sensações que assim denominamos, é tão louvável em Romeu e Julieta como nos pilotos de hijaking?
O sexo torna-nos animais. Feras Selvagens atrás do próximo coito. Nada como tornar nobre um sentimento que mascarasse a vontade do ser humano em atingir o orgasmo físico. Foi assim que recebemos de braços abertos idéias tolas como religião e amores platônicos. Ensinam-nos, por mídia erótica, literatura celebre ou romance de banca, telas de cinema que precisamos viver para achar a outra metade, o ser que complete o vazio no coração.
Mas o coração é apenas um órgão do sistema circulatório. Não passa de uma bomba de sangue. A sociedade despreza as relações abstratas por não atender o que se espera de um amor capitalista. O amor utópico assim como o socialismo não vingará no antro mercantil. Repuxar os vincos que a pele adquiriu ou gastar fortunas em carros esporte são o que acondicionaram-nos a pensar que levaria ao preenchimento do vazio humano. Entretanto é só a embalagem desse amor de prateleira.
As pessoas não aceitam o amor que não seja vitalício, heterossexual, monogâmico, entre indivíduos da mesma classe e da mesma idade. Exige-se o amor como uma tragédia Sheakesperiana. Quando na verdade o amor é tão simples, tão natural e tão despreocupado quanto um botão de rosa pronto pra desabrochar. Como no conto de Clarice: “Poucos querem o amor, de fato, porque o amor é a grande desilusão de tudo mais (que se foi estipulado)”.
Victor Hugo Silveira Simões.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

excessos e exceções.


Saudações.
Post dedicado aos 9 meses que sou um vegetal,rs e dedicado a Connie Gulp e qualquer 'homem elefante' que se preze..
Segunda feira fez nove meses que encetei nessa vida vegetariana.
Vegetariana acho que no caso não é um termo que se aplica muito bem, tendo em vista que são pouquíssimos os vegetais que eu consumo.
Existe ‘carboidratiana’? ok,não. Continuemos..
Minha dieta (falar em dieta sendo que tá super gorda,puta incoerência..(leigos:dieta não significa morrer de fome,e sim é a organização,uma lista digamos dos alimentos ingeridos..) se consiste em soja em excesso,grão de bico em excesso,tomate em excesso,suco em excesso,não muita fruta,arroz e feijão em excesso,tabule em excesso,queijo e leite em excesso..
Será que os excessos justificam esse balão escritor? Sim,justificam e devem ser somados a minha compulsão,ansiedade,’óciosidade’,fuleiragem e uma inteligência emocional por vezes falha,em excesso.
Pronto. Ta feito meu esboço do que falar quando começar a fazer terapia.
Aliás não quero mais fazer terapia..não to mais tão desequilibrada. não tomo mais sol em cima do telhado e nem saio mais pelada na rua (não me sinto tão confortável pelada,flw),na verdade eu tô bem equilibrada.na verdade,verdadinha mesmo eu sei que não tô muito bem,mas sei o que tenho de fazer pra ficar bem.sempre soube.o problema é que nunca o fiz.mas como sempre “segunda feira,juro que começo!”
POIS BEM,deixemos esses devaneios víscerais de lado.
Agora situo-me,há 10 minutos atrás mais precisamente,estava eu lendo madame Bovary(tem necessidade dizer o quão estou me identificando?pois bem:ESTOU ME IDENTIFICANDO MUITO!) e minha mãe grita pra eu ver o que ta passando no jornal.Eis que vou toda saltitante,tendo em vista que nunca assisto TV e ela sabe disso,e pra me interromper,gritar (o grito também é um diálogo..) deveria ser algo realmente interessante.parei o livro e fui lá ver..
A TV então mostrava a reportagem daquela mulher,Connie Gulp, que teve o rosto baleado pelo marido e tivera então 80% do rosto transplantado e etc etc etc. certo uma notícia nada convencional..
[quase tudo que leio,vejo,assisto,ouço, tento relacionar a conhecimentos anteriores,se não tiver nenhum talvez eu busque mais e por fim,observação,análise e reflexão.ok].
enfim,durante a reportagem vieram a minha cabeça :
-Susan Boyle,o patinho feio,típico foco de desdém que foi quebrado com o soar de sua bela voz e etc etc etc.
- O homem Elefante, filme de David Lynch que vi há uns quatro meses atrás,basicamente é um cara que tem uns problemas físicos e que sempre foi foco de preconceitos,fora também escravizado por um circense,que o criava,mas que na verdade usava sua ‘monstruosidade’ de atração pro circo.John(o homem elefante)então conhece um médico que quer estudar suas deformidades e a partir daí tornam-se ‘amigos’.O médico o introduz a sociedade querendo mostrar que John não tinha uma essência monstruosa(tinha a aparência somente),era um homem extremamente bondoso,curioso,amável e gentil,características que ao desenrolar do filme são comprovadas..



Essas intermitências me foram possíveis quando Connie dizia (tartamudeava) que simplismente não se importava com a aparência.ela que fora desprovida de nariz e boca,agora ganhou um rosto.rosto que sim,amedronta.rosto novo e que graças aos excelentes avanços da medicina,poderá mastigar e respirar por um nariz e uma boca de verdade..


Eis que surge a questão óbvia : por quê,por quem se preocupar com as conjeturas de terceiros ao invés de desenvolver as suas próprias,ser por si só livre,sem ser influenciado.Influenciado por gente preconceituosa,que não conhece e que nao se permite mudar de opinião e que portanto nunca vivenciará o alvo de seu medíocre preconceito e difícilmente mudará de opinião.
Por que nos preocupamos tanto com essas futilidades?com a aparência e não a essência? É um embate que o homem sofre (ou não,se tiver um rosto bonitinho pode até ser genocída) desde os primórdios,embate que é atualíssimo..
Há uma busca incessante no aparentar bem,na sociedade,estar dentro dos padrões,'TO FIT' e não no ser,por si só um ser pensante,um não títere de grupos/instituições alienadoras.

Concluindo..não faz sentido reclamar de meus kilos em excesso enquanto tem muita gente que em excesso só tem a necessidade,simples e válida,de que quiçá a sorte permita, de ser auxiliado por uma alma excessivamente caridosa.
Susan Boyle,John Merrick (do filme) tiveram um pouco de sorte enfim.Connie Gulp transplantada com certeza talvez tenha mais sorte do que d’antes.
voce talvez não precise dessa sorte,mas se você atencionar um mísero segundo do seu dia,vais concluir que gente em excesso precisa da sua ajuda..

Au revoir.



terça-feira, 5 de maio de 2009

dasein/existance


saudações.

post ao albert camus..post fraco,nada genial,bem convencional, apenas pra eu não esquecer daqui pra frente..

albert camus,argelino,século vinte,órfão de pai,vai morar na casa da avó materna em Argel,infância pobre e intimamente ligada a+a natureza..,guerra,fome,miséria, sol,professores geniais(quase abandonara os estudos,precisava gerar renda em sua casa..)influenciaram seus ideias,tornou-se filósofo e escritor.
a tuberculose o impediu de lecionar (de jogar bola também,tinha dileção por futebol,era até goleiro..)a doença então abriu-lhe os olhos para a real possibilidade de morrer,o que foi fundamental no desenvolvimento de sua obra filosófica /literária..
enfim,seus livros exprimem os conflitos do seu tempo,os dilemas,angústias,que já tinham sido observados por escritores como Kafka e Dostoiévski..
Sartre conhece e vira amigo de Camus,por intermédio do livro 'O Estrangeiro' (o qual li,há uma semana e que em uma palavra,definiria,estoicismo),amizade que durou até a publicação de 'O Homem Revoltado' (eis o poder até então desconhecido de um livro : findar uma amizade)..
Camus morre num acidente de carro indo à Paris ,viagem que deveria ser feito de trem.

É autor do mito de sísifo,calígula,a peste,o homem revoltado,entre outros..seus romances foram influenciados pela corrente filosófica do EXISTENCIALISMO(schopenhauer,dash-tai-évis-ki,kierkegaard e sartre),que afirma o primado da existência sobre a essência.ok.o que significa isso? significa que o indivíduo, no princípio, somente tem a existência comprovada. com o passar do tempo ele incorpora a essência em seu ser. não existe uma essência pré-determinada.
os existencialistas rejeitam a idéia de que há no ser humano uma alma imutável, desde os primórdios da existência até a morte.a essência será adquirida através da sua existência.
o indivíduo por si só define a sua realidade.
ultimamente,tenho me identificado deveras com essas correntes niilistas,existencialistas e outros istas..um paliativo ao meu subconsciente.OK.porém,é bom..não me culpo tanto quanto antes.não fico mais a esmo.pelo contrário.eis minha maior precaução ao levantar da cama: esperar sempre o pior das pessoas,dos lugares de tudo.não criar falsas esperanças.caso venha algo diferente,bom : é lucro!comemore ,pois, muito bem esse lucro (lucro é raro, pas oublier..) e não serás leviana,achando que daqui pra frente será melhor,não caia nessa.não crie expectativas e principalmente : não coloque sua felicidade nas mãos alheias.'jaméjamé'..santo pessimismo quando vai me provar a sua finitude?
enfim,enfim,enfim. sem mais delongas,o que me apoquenta é que Camus não se diz existencialista.como é possível?todas suas obras são permeadas de valores existencialistas.
é o mesmo que respirar ar e viver debaixo d'água. é um devaneio desse fanfarrão..rs
tô devaneiando também,com certeza ele teve seus motivos e etcéteras.
espero que alguém me explique o porquê de sua fanfarronice..rs
vai indo, que vou ler Camus..rs
mentira,vou ler flaubert,camus só mês que vem após saramago e vick baum..

a tout à l'heure..

segunda-feira, 4 de maio de 2009

priasso..


saudações.
são paulo reuniu em torno de 4 milhões de pessoas na virada cultural,nesse final de semana (2/3 de maio).não fui ,certamente,mas pelo intermédio da internet e de jornais pude acompanhar alguma coisa..
praça da sé,teatro municipal,largo do arouche,estação efigênia,anhangabaú,praça da república,praça dom josé gaspar,conselheiro crispiniano foram palco durante 24 horas de muita música(instrumental,rock brasileiro..)danças,homenagens ao raul seixas,cantadores e repentistas,peças de teatro enfim.lê-se : muitas portas rumo à incrementação cultural..e sim em meio a multidões.consoante muitos, diziam que a locomoção era praticamente impossível.
enfim,peguei a ilustrada e vi a foto do bailarinino Philippe Priasso,se não me engano um francês da companhia 'beau geste',em que ele se apresenta junto a uma escavadeira (?)
'maior louco',rs,me surpreendeu,do pouco que vi,simplismente achei incrível a harmonia,a destreza e etcéteras.enfim. fui,procurei e li mais algumas coisinhas sobre ele e logo abaixo tem um vídeo dele praticando sua bela arte,vale a pena conferir.
http://www.youtube.com/watch?v=DItMFsDgesE

domingo, 3 de maio de 2009

até embora..




saudações.


post esclarecedor.
não estou muito bem de humores,auto-estimas e etcéteras.
etcéteras que regem as ações e no caso as 'inações'.
portanto demorarei pra discorrer sobre camus e sobre as zilhares de coisas que disse que discorreria.
não vi linha de passe,dormi no meio do filme.sim,novidade do ano,eu, dormir nos filmes.
o som tava péssimo diferentemente do cochilo.

acabei dama das camélias,o livro é excelente.pra quem é amante de literaturas que fazem apologia aos vícios,as taras,as subversões..enfim quem ler e leu também dorian gray,o achará no mesmo tom que dama das camélias.são mais o menos das mesmas épocas ,se não me engano.
o furor provocado na sociedade com tais publicações recrudescia.críticas à religião,à moral,tudo dito valores paliativos para um grande engodo falaz..
enfim,gostei muito de dama das camélias.

encetei madame bovary. é,estou ficando a par desses romances feministas de 'taras e morais', ditas inesccrutáveis.

tô fazendo também o download de bonequinha de luxo.
CALMA,não tenciono me tornar uma prostituta amantizada.sem preconceitos,aliás,sê-lo-ia deveras divertido.rs
apenas me causa um enorme deleite ler sobre o amor e suas provas que são matizadas pelo impossível,o intangenciável..deve ser por isso tamanha identificação..

[deixarei pra posts futuros discorrer sobre paixões e aspirações inatingíveis.
sendo que são constantes em minha vida outonal..]

e vai indo que eu não vou.


bovary c'est moi..

sábado, 2 de maio de 2009

bang bang



saudações.

o post de hoje tende a nao ser muito longo,tendo em vista o dever de terminar a leitura de dama das camélias(que por sua vez é inebriante),estudar bob dylan e assistir linha de passe,que há uma semana eu venho prometendo a mim mesma que assisti-lo-ei.
pois bem,foquemos então no assunto do post de hoje..(sim,utilizo da terceira pessoa do plural porque não é uma bárbara que escreve,sim é,mas digo são no mínimo umas duas que formam um conciliábulo e ficam debatendo o que será proferido..)
Como ia dizendo,o post de hoje é de caráter tendencioso e começarei pelo começo..era uma vez numa noite quente,meu pai conheceu minha mãe.. tá.
natal de 2008,minha mãe resolve me presentear com um celular.ok.
um celular por sua vez muito melindroso.
no final de fevereiro o celular cai misteriosamente umas 5 vezes (sim,misteriosamente!) e desfacela-se. ok. vamos na tim requisitar um aparelho novo,alguma assistência e etcéteras.
o atendente diz que seria quase impossível de eles fornecerem um aparelho novo,dada as circunstancias misteriosas de sua rotura funcionalista,lê-se: EU QUEBREI O CELULAR E ELES NÃO TEM QUE ME DAR OUTRO.
pois bem,ele sugeriu que enviássemos (eu,as 432342 bárbaras e minha mãe) a zte. uma empresa nova no brasil e que talvez cederiam um aparelho novo consoante a fazer uma boa imagem e etcéteras.

dito,acatado,enviado (não podendo esquecer que meus tímpanos não saíram imunes às imprecações da senhora minha mãe..gritou amiúde)
um mês e meio,menos ou mais,a zte envia um novo aparelho.sim "de grátis".
pululei de alegria,estava de nova inserida ao mundo telecomunicativo,não sofreria mais coerção social,deixaria de ser indie,consoante a+as más línguas. tá,eu não fiquei tão feliz.rs
enfim,anteontem,estava eu pedalando lindamente rumo a+a academia,ao som de yyy e com o mp839428 num bolso e o celular no outro.eis que surge uma lombada,buraco,sei lá e o celular voa de meu bolso.
só fui perceber que nao tinha mais nada no bolso 3 quarteirões abaixo.
lá vai eu procurar o celular,invocando todos os santos pecuniários: "méquidonalt,o celular não tá no meu bolso,e eu tenho certeza que eu o tinha pego!"
fui subindo,retornando pelo mesmo caminho,procurando entre as valas,as traças e vejo um cara com um celular na mão proseando com um senhor..

-..se não vieram buscar..
-OIE,é um celular isso daí?
-é sim.
-ORRA, é meu..

o lazarento estava agora nas minhas auscultações,checagem feita: QUEBRADO!
tão quebrado quanto meus ossos possivelmente nas mãos de minha mãe (maosmaesmaos,rs)
deixei de ir a+a academia.fui pra casa,tomei banho..minha mae chegou.
- mãe,deixa eu te contar.
- IH, que que foi?quando você vem doce assim alguma coisa aconteceu!
-então..

após um 5 minutos de cólera(grandessíssimos cinco minutos)ela gritou,muito,muito mesmo,falou que vou ficar sem.

[um terço da cólera é mediante ao fato de ela ter ido no procon,na primeira vez que quebrou, requisitar alguma coisa da tim,que por sua vez não pode fazer nada e depois eu fui escondida pedir desculpas porque ela estava errada e eu vi que eles tinham feito tudo que poderia ser feito..]

MAAAAS, a explicação de o post ter sido dito 'tendencioso' é justamente pelo fato de meu irmão,sempre com seus ares jocosos,dizer que eu deveria quebrar côco na praia.

que medicina,relações internacionais o quê!

não se pode ir contra as leis da natureza,estou fadada a quebrar côco na praia consoante a minha delicadeza assaz..
é dispensável dizer que eu tenho fui agraciada pela natureza com umagrande facilidade de quebrar as coisas? anyway,fique atento!
tá claro o porquê do tendencioso ou eu vou ter que pegar alguma coisa sua e acidentalmente quebrar? rs
é exagero de uma das bárbaras..eu sou delicadíssima,haja vista o computador que milagrosamente não quebrou ainda,em quatro meses..


ah,não posso esquecer,tenho de escrever ainda de camus..e da dama das camélias,e da cidade e as serras..

au revenu..

sexta-feira, 1 de maio de 2009

escatolog..


post dedicado aos dez que tiveram um dia de rei e rainha..no trono.


uma pessoa que você confie muito.ok.
dito que essa mesma pessoa tenha alguns problemas intestinais e que essa pessoa seria capaz de te dar laxante só pra joselitar com a tua cara.
pois é,laxante enrustido de homeopático.
eis o estarrecimento : pra quem achava que homeopatia era pra animar,pra ficar doidão,acalmar e etcéteras,se enganou.mas calma,você não é o único!

se enganou, assim como umas 10 pessoas que tomaram laxante achando que era alguma pílula homeopática..
hora da almoço,glup.
'thaís tome também..' glup.
'gustaf tome também..'glup glup.

e sicranos,beltranos,marias e josés foram tomando até que tinham sido distribuídas no total uns 15 comprimidos.
é,tem gente que é capaz de distribuir laxantes enrustidos de homeopáticos..e pior tem gente que depois de ter tomado foi enganar mais gente..áureas pérfidas..
o número de enganados foi aumentando gradativamente e quando o indivíduo ingênuo tomava falávamos (sim,v. me enganou que enganou thatha e ambas gostamos e fomos enganando todo mundo) que era remédio homeopático e em seguida rolávamos de rir da cara do cagueta.

leve para vida toda : quando uma pessoa foi tapeada e olha pro lado,encontra outra na mesma situação,ambas juntar-se-ão para tapear outras e assim sucessivamente..

escatologias a parte,tomada a lição : nunca tomarás nada dito homeopático ou qualquer pílula alheia,mesmo que for de alguém que você confie deveras.. pois o mundo quer compartilhar suas dores,quer te tapear,quer compartilhar e rir da tua cara depois. rs
premeditado isso prepare não só o seu intestino mas seu corpo e alma,cedo ou tarde você vai pode ser vítima,e é bom que haja um trono por perto.

vai indo que eu não vou..


orra ainda tenho de falar de camus e dos filmes,não esquecer!

a tout à l'heure..

estro,estro,estro..




vamos vamos,se não o estro some.agora é hora de discorrer.sim,demorou porém agora ,talvez, encetarei nesse hábito,nesse âmbito literal. O que discorre uma vida monótona,que vive numa cidade pácata,onde nunca acontece nada de novo. Estagnação pura,pura estagnação. O que discorre? Veremos,lerei,lerás.Pois bem,discorrer?Primeiro mesuremos essa medida magnânima de discorrer sobre algo.[digo pois a estagnação externa,estagnou me internamente.não há conflito,não há mudança, lá fora. Não há conflito,não há mudança,aqui dentro.] pois ao discorrer,há consequentemente uma reflexão e um aprendizado,ambos que necessito deveras nessa época de formação de personalidade e etcéteras. Então ovacionemos,o primeiro passo foi tomado:a percepção,(graças a meu querido,meu amor,meu eu homem,e o único suscetível ao meu amor: victor) que tenciona a ser seguida por uma análise,talvez profunda,que tenha como fito o meu cognitivo ampliado;pois,quem se conhece,se aperfeiçoa.quem se aperfeiçoa não estagna.óbvio.Auto-conhecimento,terapia e filosofia são de longe idiossincraticamente sinônimas.Escreverei,com estro,sem estro ou talvez,mesmo,como sempre,imparcial (estro estás,ou não estás concomitante?)sobre variedades mundanas,vicissitudes,enfim são vários pontos de vista e muitos pontos de análise.Não me importo se no fim eu perceber que ele ficou fraco,que ele tangenciou,que ele não é bom o suficiente.quem o analisará,aprenderá e quem deve se importar sou eu.tá,chega de presunção.não me importo.e por ora será impossível me importar com algo maior,de fora,diferente a nao ser o que está intrinsecamente ligado ao meu âmago,a+a essência de meu indivíduo..e que por sua vez eu ainda NÃO descobri o que é.portanto,discorrendo e cantando rumo a luxação,disocrrerei e talvez eu descubra (sim meu tom pessimista não pronuncia bons agouros)..
falarei de livros que já li,dos livros que tenciono ler,dos filmes,documentários,músicas,relações (escassas),rotina..paliativos,anódinos e mata-tempos [pois minha agenda escolar não pode mais ser meu diárinho (sem menosprezar o diarinho,ele foi o precursor de meus rabiscos) além do mis tem muita gente o lendo,não quero essa imprecação.]
enfim,o feriado tá aí (aliás quanto feriado,quero ver depois pra me desapregoar dessa lassidão..),pretendo escrever sobre os últimos livros lidos que são:o evangelho,do saramago e o estrangeiro do camus (aliás senhor camus,o senhor é um fanfarrão,onde já se viu falar que não é existencialista?).ah,também devo falar de alguns filmes nacionais que vi no final de semana passado.e ah devo também pincelar sobre a minha nova dileção nos yeah yeah yeahs enfim,vai indo que eu não vou.
au revoir.